Neste artigo você encontrará:
- O que é um “technology stack”?
- O que é um programador full stack?
- Habilidades necessárias para atuar como full stack
- Mercado de trabalho para desenvolvedor full stack
- Quanto ganha o programador full stack
- O “perigo” para os desenvolvedores full stack
- Vantagens de ser um desenvolvedor full stack
- Como se tornar um desenvolvedor full stack
No jogo de baralho, o coringa é uma carta que pode servir como qualquer outra, assumindo uma posição que não lhe pertence necessariamente para cumprir os propósitos do jogador. Essa é uma boa descrição do que pode fazer um desenvolvedor full stack, profissional versátil que é capaz de atuar tanto com front-end (também chamado de client-side) como com back-end (o server-side).
O que exatamente significa o termo full stack? O que um desenvolvedor que almeja esse título precisa fazer? E quais são as perspectivas profissionais de um programador que deseja se tornar um desenvolvedor full stack? São boas ou ruins? Como eu posso me tornar um profissional desse calibre? Acompanhe a leitura para saber as respostas de todas essas perguntas!
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Full Stack
O que é um “technology stack”?
O termo “stack” do profissional full stack vem da expressão “technology stack” (ou simplesmente “tech stack”) e faz referência a um conjunto de ferramentas tecnológicas. Trata-se de um termo geralmente utilizado na área de programação para designar os programas e frameworks que são usados para determinado fim, como a programação no front-end ou no back-end, por exemplo.
Ao cunhar a expressão “full stack” estamos fazendo referência a todas as ferramentas necessárias para trabalhar tanto no front-end como no back-end. Poderíamos dizer que o termo é uma forma genérica, mas também específica, de mencionar todo esse conjunto de softwares e frameworks indispensáveis para a criação de aplicações de todos os tipos.
É daí que surgiu a expressão e por isso ela é tão usada para endereçar profissionais versáteis com uma ampla gama de conhecimentos em programação de todos os níveis.

O que é um programador full stack?
Entendemos o que significa a expressão “full stack”, mas como isso se traduz ao meio profissional? Se “full stack” faz referência aos programas necessários para desenvolver tanto o front-end como o back-end, o desenvolvedor full stack é a pessoa que domina esses softwares e consegue trabalhar nas duas frentes de criação.
O programador full stack é a carta coringa do baralho – ou melhor –, de uma empresa ou equipe de desenvolvimento. Trata-se do profissional que detém conhecimento de todas as partes da criação de software, sendo capaz de ajudar tanto a equipe dos “bastidores” quanto o time de “apresentação”.
Uma outra analogia que pode ajudar ainda mais a entender o papel deste desenvolvedor é no futebol. Um atleta que é capaz de atuar como goleiro, zagueiro, lateral, meio de campo e atacante seria o programador full stack do time. É por conta disso que essa posição é tão valorizada atualmente, já que muitas equipes são enxutas e uma pessoa muito especializada pode ser de muito valor.
Habilidades necessárias para atuar como full stack
Como era de se esperar, o desenvolvedor full stack precisa ter uma série de habilidades para realizar com maestria as suas atividades. Nesta seção, vamos dividir as habilidades do programador entre soft skills (habilidades comportamentais) e hard skills (habilidades técnicas).

Soft skills
1. Trabalho em equipe
Embora seja um profissional capaz de lidar com front e back-end, o desenvolvedor full stack ainda precisará lidar com outras pessoas, sejam colegas pares de atuação (outros programadores) ou gerentes, designers e pessoas ligados ao negócio.
Portanto, é incorreto imaginar um programador isolado e não se comunicando com ninguém. No desenvolvimento de um software, é preciso se comunicar e saber trabalhar em equipe para que os resultados sejam alcançados – e isso é ainda mais válido para o programador full stack.
2. Inteligência emocional
Essa é uma característica cada vez mais valorizada por recrutadores de qualquer área. Afinal, ter autocontrole, saber lidar com momentos de tensão e pressão, além de conseguir controlar suas emoções adequadamente são habilidades imprescindíveis atualmente.
Na área de desenvolvimento, essa soft skill é importante por se tratar de uma parte crítica do negócio. Existe muita responsabilidade depositada sobre os “ombros” dos programadores, especialmente porque eles geralmente lidam com o produto final e precisam desempenhar bem suas atividades para que o produto fique adequado.
3. Criatividade
É verdade que essa é outra habilidade indispensável para muitas carreiras. Mas no caso do desenvolvedor full stack isso é importante porque o profissional terá que lidar com problemas diversos e resolvê-los vai exigir uma boa dose de criatividade, especialmente se a empresa ou equipe quiser se destacar no mercado.
Existem milhares de “solucionadores de problemas” por aí, mas poucos são aqueles que resolvem a situação de maneira criativa. Um mesmo problema pode ser solucionado da maneira “convencional” (e que pode ser satisfatório em determinado momento), mas também pode ser resolvido de maneira inusitada e que proporcionará resultados ainda melhores.

Hard skills
1. Linguagens de programação
Indispensável para qualquer desenvolvedor, conhecer e saber utilizar variadas linguagens de programação é essencial nessa profissão. No caso de um profissional full stack, é preciso estar familiarizado com as diferentes tecnologias de front e back-end.
Embora HTML, CSS e SQL não sejam linguagens de programação propriamente ditas, também são importantes para essa carreira. Entre as tecnologias mais utilizadas, podemos destacar:
- JavaScript
- PHP
- C#
- Python
- Rust
- Java
- C++
2. Frameworks, bibliotecas e banco de dados
Além de dominar as linguagens de programação, o desenvolvedor full stack também precisa conhecer e saber utilizar os diversos frameworks e bibliotecas disponíveis atualmente. Existe uma grande variedade de programas nessa categoria, por isso é importante se especializar e estudar bastante. Conheça os principais:
- Node JS e Express.js (Framework JavaScript)
- Django (Framework Python)
- Angular (Framework JavaScript)
- React JS (Biblioteca JavaScript)
- Spring Boot (Framework JavaScript)
- Graph QL (Biblioteca JavaScript)
- Bootstrap (Framework CSS)
- E muitos outros.

3. Arquitetura, segurança e design
Outra parte importante do trabalho de um desenvolvedor full stack é lidar com as diferentes estruturas apresentadas na internet. Os servidores e banco de dados, por exemplo, fazem parte do espectro back-end, ou seja, algo que o full stack também precisa dominar. Conhecimento sobre arquitetura de software, gerenciamento de servidores, conteúdos e banco de dados é algo importante para esse profissional.
O programador full stack também precisa ter noções avançadas de design, especialmente se precisar lidar com programação front-end. Isso significa dominar a combinação HTML/CSS muito bem, além de softwares para edição gráfica, como Photoshop, Illustrator, InDesign e até mesmo Premier em alguns casos, mas sempre com foco na chamada experiência do usuário.
4. Idiomas
Tratando- se de uma carreira tecnológica, ter domínio de um idioma estrangeiro pode ser algo importante. Não estamos falando do inglês, conhecimento que é obrigatório para quem quer se especializar na área. Um terceiro idioma, como espanhol, alemão, chinês e francês pode tornar o profissional ainda mais desejado para trabalhar com diferentes culturas e países.
Mercado de trabalho para desenvolvedor full stack
Por se tratar de uma carreira que exige muita preparação e formação, era de se esperar que estivéssemos diante de uma boa opção para os estudantes. E realmente estamos, já que o mercado de trabalho está em busca constante por desenvolvedores full stack, remunerando muito bem esses profissionais.
Uma busca rápida permite chegar a conclusão de que até mesmo carreiras focadas em front-end e back-end também estão em alta, representando mais uma opção para um profissional que domina essas abordagens.
É claro que as vagas full stack geralmente remuneram mais, mas isso depende de uma série de fatores, como porte da empresa, local de trabalho e especializações exigidas. O fato é que a carreira de desenvolvedor full stack é muito promissora e podemos perceber isso se analisarmos a expectativa salarial de um profissional bem capacitado.

Quanto ganha o programador full stack
De acordo com o site Glassdoor, o salário inicial de um desenvolvedor full stack (o que poderíamos chamar de profissional júnior) é de R$ 2.606. A média salarial varia entre R$ 5.991 a R$ 8.077, considerando outras bonificações, benefícios e comissões.
Porém, não é raro encontrar registro de salários mais altos, como remunerações que se aproximam de R$ 10 mil por mês em diversas empresas, especialmente aquelas de grande porte e relevância no mercado mundial – multinacionais–, por exemplo. Portanto, estamos realmente falando de uma carreira bastante promissora do ponto de vista financeiro.
O “perigo” para os desenvolvedores full stack
Um alerta muito comum ao pesquisar sobre essa carreira diz respeito à profundidade do conhecimento do desenvolvedor full stack. A área de programação é dividida em front-end e back-end por um bom motivo: os softwares envolvidos são complexos e a carreira de programador é difícil de se dominar. Portanto, é comum encontrar desenvolvedores full stack que possuem um conhecimento raso em suas áreas.
Esse é o motivo pelo qual muitos programadores realmente decidem optar por se especializar no server-side ou client-side. Da mesma forma que pode ser muito difícil para um jogador de futebol que atua como zagueiro especializar-se como atacante, também pode ser complexo um desenvolvedor se tornar bom tanto no front como no back-end.
Entretanto, não é uma tarefa impossível. Na verdade, existem muitos programadores que realmente dominam essa arte e se tornam referências se tratando de full stack. A opção demanda mais esforço, mais conteúdo e mais determinação, mas é perfeitamente possível de ser alcançada – e recompensador.

Embora seja possível aprender programação e desenvolver habilidades técnicas ao longo do tempo, ter uma afinidade natural e genuína pela programação geralmente facilita o processo de aprendizagem e permite uma maior dedicação e satisfação com a carreira de desenvolvedor Full Stack.
Vantagens de ser um desenvolvedor full stack
1. Conhecimento amplo na área de programação
O profissional que decide conhecer tanto o front como o back-end tem o privilégio de ter um conhecimento muito mais amplo na área de programação. Isso pode abrir a mente do profissional para uma série de outras vantagens, como a possibilidade de solucionar problemas de formas variadas ou até mesmo ter outras ideias de negócio.
2. Profissional muito requisitado
Como já foi dito, a procura por um desenvolvedor full stack é alta, motivo pelo qual um bom profissional dificilmente ficará desempregado. Além disso, a concorrência também permitirá ao programador “brigar” por melhores remunerações, recebendo o equivalente por suas capacidades técnicas e experiência.
3. Liberdade de trabalho
Como o desenvolvedor full stack geralmente detém mais conhecimento do que um profissionalmente puramente front ou back-end, ele tem a liberdade de escolher trabalhar com a parte que realmente deseja. Isso é importante de se dizer porque há momentos no desenvolvimento de um software que o trabalho realmente pode ser desafiador e ter o luxo de escolher onde atuar pode ser um grande benefício para o profissional.
Além disso, o programador também tem a liberdade de assumir posições que exigem conhecimentos diversos e não somente aqueles ligados ao server-side ou client-side. Empresas como startups geralmente procuraram desenvolvedores full stack por serem mais independentes, e grandes organizações escolhem esses profissionais por sua capacidade de ensinar ou se especializar, se for necessário.

Como se tornar um desenvolvedor full stack?
O primeiro passo para se tornar um programador full stack é determinação. Como você pode ter percebido ao ler este artigo, essa é uma carreira bastante desafiadora, que exige um vasto conhecimento técnico e atualização constante. Portanto, sem força de vontade o profissional provavelmente vai cair na armadilha mencionada alguns parágrafos acima.
Para se tornar um desenvolvedor full stack, existem algumas alternativas. A primeira delas é o aprendizado por conta própria. Diversos profissionais começaram dessa forma e realmente conseguiram se especializar buscando conhecimentos específicos, tutoriais na internet e cursos disponíveis na web.
Porém, se você está procurando uma opção um pouco mais estruturada, pode recorrer aos cursos de graduação, pós-graduação ou cursos de training ou bootcamp no Instituto Infnet.
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