O termo “banco de dados” ou “database”, como também é conhecido, vem se tornando muito presente no nosso cotidiano, seja qual for sua área de atuação. Isso porque esta é uma tecnologia que veio para ficar, e por isso, entender mais sobre o que é banco de dados se torna cada vez mais importante atualmente.
Quando nos deparamos com esse termo pela primeira vez, ele pode até parecer confuso. Mas, por mais complexo que possa ser, não é difícil de entender quando procuramos aprender mais sobre essa pauta, e para isso, preparamos esse conteúdo para te auxiliar!
Neste artigo, vamos te explicar tudo o que você precisa saber sobre database. Desde a explicação de como essas ferramentas surgiram até como a tecnologia se aplica no mundo corporativo, é só continuar a leitura para conferir tudo o que precisa saber sobre banco de dados! Aproveite e venha conosco até o final!
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O que são os bancos de dados?
Antes de nos aprofundarmos no assunto, a primeira coisa que precisamos estabelecer é a definição de um banco de dados.
Por mais que o termo já pareça um pouco óbvio, a interpretação de sua designação é a chave para que possamos entender como o database se define na prática.
Um banco de dados nada mais é do que um conjunto de informações logicamente estruturadas e organizadas. Esses dados são coletados e armazenados em sistemas, para que sejam capazes de atender às necessidades do usuário das mais diversas formas.
Assim, o database pode ser definido como uma espécie de conjunto de informações integradas, que podem ser utilizadas para diversos fins no mundo corporativo, sendo então úteis para os mais diversos segmentos.
Como os bancos de dados surgiram?
Por mais que esse conceito tenha ganhado uma grande notoriedade ao longo das últimas décadas, é importante ressaltar que os bancos de dados já carregam vários anos de história. Registros demonstram que o primeiro database automatizado foi registrado por Herman Hollerith, em 1884.
Antes mesmo desse fato, porém, já existiam alguns indícios de utilizações mais antigas de sistemas que tinham características fundamentais de bancos de dados como conhecemos hoje.
Uma breve linha do tempo sobre database
Para entender melhor a origem dessa tecnologia e como ela evoluiu, traçamos uma linha do tempo para te ajudar a visualizar seu progresso:
- 1960: Nesse período, os bancos de dados eram documentais. Os primeiros sistemas de gerenciamento de informações surgiram e demonstraram grande importância para grandes projetos, como o planejamento do marco histórico que foi o homem pisando na lua.
- 1970: Os bancos de dados se tornam uma realidade mais comercial, sendo introduzidos para a estruturação de informações complexas e essenciais ao cotidiano corporativo, como contas de fábricas e compra de matérias-primas.
- 1980: Os primeiros modelos relacionais surgem, dando espaço para uma linguagem de programação mais simples (SQL) e, assim, permitindo que as pessoas com menos entendimento específico sobre o assunto comecem a conhecer mais sobre a área. Há uma grande dinamização entre a comunicação de cliente e servidor graças à tecnologia.
- 1990: Os bancos de dados se unem a tecnologia dos aplicativos e da internet, popularizando informações multimídias que revolucionaram a ferramenta, como os gráficos, sons, fotos e vídeos. Os sistemas começam a se tornar mais complexos, dando espaço para que diferentes modelos comecem a ganhar espaço.
- 2000: O database continua a crescer e se reinventar, dando espaço para três novos tipos de bancos de dados que surgem (XML, NoSQL e NewSQL). A partir deste momento, a tecnologia passou a ganhar cada vez mais força, sempre se reinventando para passar atender às mais diferentes demandas conforme se espalhava pelos mais diversos nichos.
É claro que os tipos de database que conhecemos hoje são bem diferentes dos primeiros modelos lançados, mas é interessante perceber que essa pauta já se insere junto ao mercado de trabalho há mais tempo do que imaginamos a princípio.
A partir dessa perspectiva, se torna mais claro o fato de que os bancos de dados já estão há várias décadas exercendo um papel fundamental junto às tecnologias corporativas.
Para que servem os bancos de dados?
Agora que você já sabe o que é banco de dados e entende como essa tecnologia evoluiu com o passar dos anos, é hora de aprender como o database funciona na prática.
Nas empresas, os bancos de dados são usados para implementar soluções de forma mais facilitada, otimizada e personalizada, da mesma forma que contribuem para que estratégias sejam traçadas, com base na análise das informações coletadas.
Entre as principais vantagens que são possibilitadas pelo banco de dados, podemos destacar:
- Aperfeiçoamento do gerenciamento e manutenção dos dados;
- Melhoramento dos processos corporativos;
- Armazenamento das informações de leads e clientes;
- Otimização do acompanhamento das demandas;
- Aprimoramento da segurança de dados;
- Facilitação para traçar estratégias e tomada de decisões;
- Entre diversos outros benefícios!
Como você pode notar pelo o que citamos aqui, os bancos de dados acabam se encaixando para os mais diferentes nichos do mercado, já que praticamente todos os segmentos exigem esse tipo de controle de informação para a sua rotina corporativa.
Este é, inclusive, um dos motivos pelos quais a área de banco de dados se expande tanto. A demanda por esses tipos de serviços é grande, o que faz com que cada vez mais pessoas busquem se aperfeiçoar nesse segmento, que oferece várias possibilidades de atuação.
Quais os modelos de bancos de dados?
Por mais que haja uma definição geral para explicar sobre o que é banco de dados, a verdade é que essas ferramentas também são muito variadas em si próprias, portando diferenciais únicos em cada tipo de database.
Existem diferentes modelos de banco de dados, incluindo opções gratuitas, online e em nuvem. A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre os detalhes de cada um deles.
Modelos pré-relacionais
Os modelos pré-relacionais foram os primeiros tipos de bancos de dados que surgiram. Apesar de, em sua época, terem sido muito eficientes para cumprir seus propósitos, atualmente, eles já se mostram ineficientes para conseguirem dar conta das demandas.
Ainda assim, é importante conhecer um pouco mais sobre esses modelos de database. Dessa forma, podemos compreender os motivos de seu aprimoramento ter se feito necessário com o tempo.
- BANCO DE DADOS PLANO: Esse é o tipo de armazenamento mais simplificado, onde todos os dados coletados são mantidos em uma única tabela para controle. Uma lista de contatos de telefone, criada em uma planilha simples de Excel, por exemplo, é um exemplificativo desse modelo.
- BANCO DE DADOS HIERÁRQUICO: Nesse modelo, a coleta de dados é feita em um formato de “árvore”, sendo também conhecido do modelo “de um para muitos”. Acaba sendo ineficiente pois, com muitos níveis hierárquicos, as informações facilmente se tornam confusas.
- BANCO DE DADOS EM REDE: É bem parecido com o sistema hierárquico, mas aqui, além de comportar o relacionamento “de um para muitos” também conta com a possibilidade de inversão, “de muitos para um” em alguns níveis. Ainda assim, não é mais tão eficiente para as demandas atuais.
Modelos relacionais
O modelo relacional foi criado com o objetivo de contornar os problemas que eram percebidos nos bancos de dados anteriores. Até os dias atuais, esse ainda é um dos tipos de bancos de dados mais utilizados, principalmente por áreas comerciais. Um dos grandes nomes desse modelo é o Oracle Database.
A principal característica do modelo relacional é que, diferente de seus antecessores, aqui as informações podem ser armazenadas em várias tabelas, que podem conter infinitas linhas e colunas para prezar pela melhor organização.
Usando como exemplo um tipo de banco de dados que seria utilizado para um e-commerce, é possível criar abas de “Clientes”, onde as informações destes ficariam compiladas. Em outra tabela do mesmo database, dados relacionados a “Produtos” também poderiam se fazer presentes.
Modelos pós-relacionais
Seguindo a evolução natural que as ferramentas tecnológicas tendem a ter, os modelos pós-relacionais de bancos de dados vieram como um degrau a mais o aprimoramento, após o surgimento dos databases relacionais.
Aqui, encontramos os seguintes tipos:
- BANCO DE DADOS ORIENTADO A OBJETOS: Como o nome já antecipa, aqui as informações e dados são usados para compilar as características de um objeto, de um produto;
- BANCO DE DADOS VARIANTES DO MODELO ORIENTADO A OBJETOS: Por se mostrar efetivo em seus objetivos, o modelo de banco de dados orientado a objetos inspirou que outros tipos parecidos a esse surgissem. Estes são denominados de modelos objeto-relacional, e como exemplos práticos, podemos citar o MySQL e Microsoft SQL Server, que utilizam-se desse sistema;
- NEWSQL: Sendo a mais recente atualização dos modelos, esses são utilizados para suprir a demanda de serviços que possuem transações constantes e rápidas, como o que acontece com entidades financeiras. Uma das características mais fortes desse modelo é a segurança de dados, essencial para essas situações.
Modelos não relacionais
- BANCO DE DADOS CHAVE-VALOR: Funcionam como uma espécie de dicionário, onde é possível associar valores a chaves que são cadastradas ali, permitindo que diferentes informações possam ser relacionadas a uma única chave;
- BANCO DE DADOS DOCUMENTAL: Como é possível inferir pelo nome, aqui o armazenamento de dados é feito em formato de texto, num modelo que se assemelha muito a formulários. Aceita diferentes tipos de estruturas sequenciais;
- BANCO DE DADOS EM GRAFO: Esse é um modelo mais visual, feito por arestas e nós. Assim, é possível, por exemplo, relacionar produtos específicos que são indicados para diferentes tipos de clientes.
Esse foi um pequeno resumo que separamos para cada tipo de modelo de banco de dados existente, mas, como você deve ter percebido, são muitas as diferenciações que podem ser feitas em meio a esse conceito.
Por conta disso, essa é uma área que exige muito estudo e, devido ao seu crescimento, cada vez mais carece de profissionais capacitados e que entendam essas ferramentas tecnológicas específicas.
Agora que já temos uma boa perspectiva sobre o que é banco de dados, vamos falar mais sobre a prática profissional que se desdobra desse nicho.
Como está o mercado de trabalho desse segmento?
Ao longo deste artigo, já falamos algumas vezes sobre o fato da área de banco de dados estar encarando uma grande crescente, e que só tem tendências a continuar nessa constante daqui para frente. Mas, afinal, por que isso está acontecendo?
Essa é a tecnologia que atende a demanda atual
O fato pode ser explicado pela forma como a tecnologia no geral também cresceu ao longo das últimas décadas.
Atualmente, é difícil pensar em um segmento que não se fortaleça mais com a presença online, o uso das redes sociais e da internet como um todo, que já é peça essencial para o sucesso dos negócios atualmente.
O mundo digital traça uma forma de consumo que faz com que sites, e-commerces, aplicativos e diversos outros tipos de programas e softwares estejam o tempo todo utilizando-se de bancos de dados para poderem prosperar. Assim, é natural que tal tendência também se estenda para as empresas dos mais diversos nichos.
Com uma demanda cada vez maior por esses tipos de serviços, cada vez mais os profissionais dessa área estão sendo procurados e, consequentemente, valorizados no mercado de trabalho. Eles surfam na onda crescente desta área, que é alvo de vários estudos por ser tão notável.
Pesquisas confirmam o crescimento da área de banco de dados
Um levantamento feito por uma empresa especializada em pesquisas (Gartner) constatou que a receita mundial do mercado de banco de dados chegou a crescer 18,4% só em 2018, atingindo impressionantes U$46 bilhões movimentados ao redor do globo.
A mesma pesquisa apontou que apenas as empresas Amazon Web Services e a Microsoft, duas das maiores corporações do mundo, são responsáveis por 75% do valor investido na área de bancos de dados no período levantado.
Dessa forma, para quem se identifica com o nicho ou até mesmo para quem está pensando em fazer uma migração de área, o segmento de banco de dados oferece um grande leque de possibilidades para profissionalização.
Quais as profissões da área de banco de dados?
Uma das coisas mais notáveis sobre a área de banco de dados é o fato de que esse é um nicho que abarca várias profissões diferentes. A seguir, vamos falar um pouco sobre cada uma delas.
Um analista de dados é o responsável por fazer a coleta e a análise dos dados que forem armazenados por meio do database. A partir de sua interpretação sobre essas informações, este colaborador ficará incumbido de traçar novas estratégias para diferentes setores da empresa.
Dessa forma, é possível perceber que este é um cargo que conversa com outros setores de uma mesma corporação. Assim, um analista de dados acaba sendo importante para a desenvoltura da equipe como um todo e, por isso, é bem remunerado assim como os cargos a seguir.
Desenvolvedor/Programador de SQL
Como o termo já denota, um desenvolvedor e programador de SQL se responsabiliza por fazer o desenvolvimento e manutenção dos sistemas dos bancos de dados, se incumbindo de realizar eventuais correções ou atualizações para que as demandas continuem sendo atendidas da forma correta.
Ele é o responsável por atender às necessidades daqueles que utilizam-se dos sistemas, e assim, sempre preza por oferecer as melhores experiências aos usuários.
Analista de Sistemas
No nicho de banco de dados, o Analista de Sistemas é responsável por fazer o mapeamento de processos. A partir de seus trabalhos, ocorre a implementação de novos programas e atualizações, visando se enquadrar nos negócios e objetivos da corporação.
Isso acontece porque esse profissional se responsabiliza por, mediante suas análises, realizar a modelagem de dados para que sejam estabelecidos os requisitos para os novos programas. Assim, é uma peça chave para qualquer empresa.
Analista de Business Intelligence (BI)
Em tradução livre, business intelligence quer dizer inteligência dos negócios, o que já abre caminho para a interpretação do que é realizado por este profissional.
Este será responsável por criar modelos de negócio, utilizando do banco de dados para pensar em soluções como a criação de templates e emissão de relatórios, que, por sua vez, ajudarão na organização de informações da empresa e na gestão dos negócios.
Cientista de Dados
Como os bancos de dados comportam um grande volume de informações, é necessário um estudo aprofundado para ser capaz de analisar essa quantidade de dados. Um cientista de dados é o profissional responsável por essa parte.
Além da análise, ele realiza as interpretações e pode contribuir para guiar a tomada de decisões das empresas, colaborando assim para que estratégias mais certeiras sejam traçadas.
Esta é uma profissão que pode comportar diferentes funções, mas no geral, o principal objetivo, como o nome já prevê, é se encarregar da administração geral do banco de dados.
Assim, um administrador de banco de dados se responsabiliza por averiguar a saúde do database, tal como garantir que ele se mantenha atualizado e funcional, otimizando-o para sua melhor performance.
Como se profissionalizar nesse nicho?
Apesar de serem muitas as carreiras possíveis de serem seguidas quando se trabalha com banco de dados, o caminho para qualquer uma delas começa por uma única tarefa: investir em estudos na área.
Diferente de alguns nichos, o database não é lá muito indutivo. Recheado de termos técnicos e conceitos muito específicos desta área, é necessário que, para ingressar nela, você procure cursos que sejam especificamente voltados para se tornar um profissional de banco de dados.
Esse é um dos segmentos onde o estudo precisa ser constante, por ser um nicho que sempre está se atualizando e se aprimorando de diferentes formas. Assim, é preciso formar uma base sólida, para em seguida, poder se especializar no que for de seu maior interesse em meio a esse mercado.
Qual a graduação para profissionais do banco de dados?
Cursos como Ciências da Computação ou Engenharia de Software podem ser uma boa introdução para quem se interessa por essa área, mas atualmente, é importante frisar que já existem cursos específicos sobre banco de dados e esses são os mais recomendados.
Por ser um nicho muito expandido em si próprio, o melhor a se fazer para se tornar um profissional qualificado de database é optar por um curso que seja voltado exclusivamente para isso. Assim, você poderá garantir o total aproveitamento dos seus estudos.
Quais matérias se estudam para se formar nessa área?
Cada curso de banco de dados pode oferecer grades diferentes, mas no geral, serão estudadas matérias como:
- Processamento de dados;
- Fundamentos de programação;
- Álgebra;
- Algoritmo;
- Análise e governança de dados;
- Machine Learning;
- Desenvolvimento de soluções de Big Data;
- E diversas outras disciplinas focadas na área de banco de dados!
Em quais áreas se pode atuar como um profissional de banco de dados?
Estabelecer em quais áreas os profissionais de banco de dados podem atuar é algo um pouco complicado, já que, atualmente, quase todos os nichos acabam precisando desse tipo de serviço!
Você já conhece quais são as possíveis carreiras que podem ser seguidas como um profissional de banco de dados, e algo a se ter em mente é que essas profissões se relacionam com os mais diversos segmentos do mercado.
Cada vez mais as empresas buscam iniciar ou expandir suas próprias equipes voltadas para o banco de dados, e assim, o mercado de atuação é muito amplo para esses profissionais.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender mais sobre o que é banco de dados e outras especificações desta área!
